Quem são os donos do Flamengo — a “propriedade” do clube rubro-negro

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Você já se perguntou quem são os donos do Flamengo? Ao pesquisar essa expressão, costuma-se encontrar respostas que envolvem o estatuto, sócios e a estrutura de governança do clube. Na prática, o Flamengo não tem “donos” no sentido de acionistas que possuem parte do clube. Ele funciona como uma associação civil sem fins lucrativos, e os caminhos de controle passam pela figura dos sócios, do Conselho Deliberativo e da presidência executiva.

Em resumo: o Flamengo é controlado por seus sócios e pela estrutura estatutária — não pertence a um proprietário individual. Este artigo explica como se dá essa governança, quem exerce influência real no clube e como o modelo associativo molda o poder dentro do rubro-negro carioca.


O Flamengo não tem dono: o modelo associativo em vez de acionariado

Diferente de muitos clubes em outros países que operam sob modelos de propriedade privada ou sociedade anônima, o Flamengo segue o formato tradicional de associação civil. Isso significa que ele não pode ser “comprado” ou dividido em ações, e sua direção é eleita por meio de votação interna em assembleias controladas pelos sócios. Fla Bucket S3+3Sportingbet+3Wikipedia+3

Portanto, quem “manda” no Flamengo são os sócios votantes que elegem conselheiros e presidentes, os conselheiros que fiscalizam e determinam diretrizes, e os dirigentes eleitos que conduzem a administração executiva.


Estrutura de controle: sócios, conselhos e presidência

Sócios e sócio-proprietários

No estatuto do clube existe a figura do sócio-proprietário, um tipo de sócio com direitos ampliados, como votar em eleições e participar dos Conselhos. Fla Bucket S3+1 No entanto, esse título não confere propriedade patrimonial nem participação acionária: ele serve para definir quem pode exercer poder decisório no clube.

Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal

Os conselheiros têm papel central. Eles definem políticas, aprovam contas, deliberam sobre mudanças estatutárias e controlam a atuação da diretoria executiva. Flamengo+2Sportingbet+2

Presidência executiva

O presidente eleito assume a liderança administrativa do Flamengo, tomando decisões operacionais, financeiras e esportivas. Entre os nomes mais recentes está Rodolfo Landim, que exerceu mandatos entre 2019 e 2024. CNN Brasil+3Wikipédia+3Wikipédia+3 Em 2024, por exemplo, Luiz Eduardo Baptista (Bap) foi eleito para sucedê-lo. ge

Embora o presidente tenda a ser a face pública mais visível do “controle” do clube, ele ainda está submetido às decisões dos conselheiros e aos interesses dos sócios.


O debate sobre transformação para modelo empresarial (SAF)

Nos últimos anos, o Brasil avançou com a criação da lei que permite a transformação de clubes em SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol). Isso levantou questões sobre se o Flamengo poderia “ter dono” no futuro. ge+3Sportingbet+3Agência Sportlight+3

No entanto, o Flamengo até o momento resiste à mudança estatutária para SAF, mantendo o modelo associativo. Em 2024, por exemplo, os conselheiros aprovaram alterações no estatuto que dificultam essa transição. ge+3Sportingbet+3Correio Braziliense+3

Landim chegou a afirmar que “é impraticável o Flamengo ter um dono” no sentido empresarial. YouTube


Influência real: quem de fato “manda” no Flamengo

Embora não haja dono, alguns grupos exercem influência significativa:

  • A Nação rubro-negra: por meio do sócio-torcedor e dos sócios votantes, a torcida tem voz nas eleições. Sportingbet+2Flamengo+2
  • Os sócios-proprietários: definem quem entra nos cargos de poder.
  • Os conselheiros e o Conselho Deliberativo: atuam como guardiões do estatuto e decididores em assuntos estratégicos.
  • A presidência executiva: conduz a gestão cotidiana e representa o clube externamente.
  • Empresários e patrocinadores: têm peso, especialmente na captação de recursos e projetos de infraestrutura.

Casos recentes que ilustram o poder do clube (sem proprietário)

Aquisição do terreno do Gasômetro

Em 2024, o Flamengo venceu um leilão e comprou o terreno conhecido como Gasômetro, destinado à construção do estádio próprio. Essa ação mostra que o clube como instituição tem autonomia patrimonial. Terra+2ge+2

Expansão internacionais

O clube negociou a compra de 56% das ações do Leixões (Portugal) para expandir influência internacional. Mesmo assim, isso não transforma o clube em acionista dentro do Brasil, pois tais negociações ocorrem via empresa e projetos paralelos. Correio Braziliense+1

Debate sobre estatuto e SAF

O discurso de Landim sobre títulos de sócio que poderiam valer até R$ 700 mil em um cenário SAF mostra o desejo de explorar novas formas de estrutura, mas ainda dentro de debate estatutário. Flamengo


Por que muitos acreditam que o Flamengo tenha “dono”

A ideia de “donos do Flamengo” surge por causa da maneira como o clube é administrado, com forte centralização de poder e visibilidade da presidência. Além disso, o clube tem grande prestígio econômico e visibilidade, reforçando a ideia de “instituição poderosa”.

Mas, neste modelo, não há transferência patrimonial: a influência vem da capacidade institucional, não da posse privada.


Desafios desse modelo de associação

  1. Limites de investimento externo: sem acionistas, captar grandes aportes financeiros exige criatividade.
  2. Risco de entrismo e politicagem: quem domina os conselhos pode direcionar decisões para interesses próprios.
  3. Modernização vs tradição: o debate sobre SAF revela tensão entre manter identidade e buscar eficiência empresarial.

Conclusão: o Flamengo pertence à sua Nação

Os donos do Flamengo não são indivíduos ou empresas: são os sócios, a torcida organizada (a “Nação”) e a estrutura estatutária que regula o clube.

No final, a verdadeira “propriedade” do Flamengo está nos valores coletivos, na paixão de milhões e no modelo associativo que equilibra poder entre muitos — não em poucos.